Paulo Cezar Pinheiro Carneiro, o homenageado do seminário “O Acesso à Justiça e o Direito Processual Civil Contemporâneo”, se emocionou em discurso no fim do evento, nesta sexta-feira (29). “Agradeço a todos os que fizeram a logística do evento, com mais de 2.500 pessoas inscritas, na pessoa do magistrado Felipe Gonçalves, que foi incansável. Também agradeço à AMAERJ, sob a presidência da juíza Renata Gil, que liderou a organização, fornecendo praticamente toda a estrutura necessária”, disse.
O jurista agradeceu aos presentes e contou que “os alunos procuravam há algum tempo prestar essa homenagem e eu sempre relutei. Mas confesso que gostei muito. Quero recebê-la em nome de todos os professores espalhados Brasil afora, que amam sua profissão e que, apesar de pouco valorizada, a exercem com dedicação e sacrifício”.
Pinheiro Carneiro lembrou que foram mais de 2.500 inscritos para os dois dias do seminário, e agradeceu às 17 instituições jurídicas que participaram da organização do evento.
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Emocionado, embargou a voz ao dizer suas maiores inspirações: “Devo à força e aos ensinamentos dos meus mestres, ao incentivo dos meus colegas e amigos, e a minha família, praticamente tudo que alcancei na vida. À minha mulher, Elizabete Machado Carneiro, procuradora de Justiça e minha inspiração, minha tranquilidade, o amor da minha vida”, disse, e agradeceu, posteriormente, aos filhos e netos.
Ele também se emocionou ao relembrar suas fontes de inspiração: os professores Sérgio Demoro Hamilton, Ricardo Lira e José Carlos Barbosa Moreira, de quem é autodeclarado seguidor.
“Mal sabia o mestre que despertou em seus alunos a vontade de seguir os mesmos passos. Procurei seguir o exemplo do mestre e consegui também, ainda que em menor escala, influenciar alguns alunos. O professor José Carlos não está mais aqui, mas continua presente, pois a comunhão com seus alunos continua superando o tempo e a distância”, afirmou ele sobre o magistrado, falecido em 2017.