* Alexandre Abrahão
O nosso policial, ao contrário dos seus pares mundo afora, é pessimamente adestrado e raramente reciclado. Custa caro formar e pagar bem aos agentes da segurança. Melhor incriminá-lo e excluí-lo, pondo ‘novos’ no lugar. Fica bonito. Dá sensação de renovação. Esse fracassado modelo político de formação ilude. Em nenhum lugar sério policiais trabalhariam nas condições brasileiras. Nosso policial é ‘mal’: mal preparado, mal adestrado, mal alimentado e maltratado. Entregamos nossas vidas a pessoas sem autoestima. Quem corre tanto risco por míseras migalhas não pode amar ao próximo, porque nem amor-próprio lhe resta.
Policiais, por desespero, despreparo ou falta de estima ao próximo atiram, agridem etc. Culpa só dele? Não! Culpa dos nossos governantes e seu falido sistema de segurança, do qual somos reféns. A França investirá agora 425 milhões de euros na polícia; no Rio, vão extrair 1 bilhão de reais. Enquanto desviam nossa atenção culpando os policiais e prometendo “renovação”, os gestores políticos desviam bilhões da Educação e da Saúde nos mensalões e petrolões da vida, direitos também negados aos policiais!
Sei da desilusão com o policial. Não valorizamos suas ações porque estamos cansados da corrupção! Não se iludam! Ninguém mais se ressente com o policial bandido do que seu ‘colega’ honrado e honesto! É ele o primeiro executado pelos traidores da tropa.
Agravar as penas desses algozes é medida imperiosa. Precisamos adotar tolerância zero! Descumprimento da lei deve ser abominado a qualquer custo. Nós, enquanto sociedade, precisamos assumir nosso papel de fiscais da lei e da ordem, perseguindo seus infratores. Devemos repugnar os amantes da ilegalidade. Parar de abençoá-los sob a desculpa de que são meras “vítimas da sociedade”. Não temos culpa do ócio alheio!
Nós, cidadãos, devemos valorar o bom policial e banir os traidores, começando pela cobrança de formação digna! Pagamos muito caro para viver no Brasil, temos o direito de cobrar. Avante, povo! União e mudança para pôr fim à hipocrisia!
Fonte: O Dia