Notícias | 14 de novembro de 2014 13:38

Desembargadora Ivone Caetano se despede da magistratura fluminense

A presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargadora Leila Mariano, prestou uma homenagem nesta quinta-feira (13), à desembargadora Ivone Caetano. A magistrada completa 70 anos hoje (14), e irá se aposentar compulsoriamente. Ivone Caetano  recebeu o Diploma e a Medalha de Honra da Magistratura Fluminense.

A desembargadora Leila Mariano disse que a honraria foi instituída em 2008 pelo Órgão Especial para fazer uma justa homenagem aos magistrados que levaram sua trajetória até o final constitucional.

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“É uma homenagem de todo o Poder Judiciário. O respeito, a consideração, a valorização a todos os magistrados que honraram o Judiciário. Eu acompanhei toda a sua carreira desde o momento em que você chegou. Como eu, você foi servidora. Começou a sua carreira em São João de Meriti e sempre teve uma visão humanística. Trouxe inovações para a Vara da Infância e da Juventude”, destacou a desembargadora Leila Mariano.

Entre as inovações, a presidente do TJ citou o tema “bullying nas escolas”, trazido pela magistrada para discussão na Escola da Magistratura do Estado  do Rio de Janeiro (Emerj), dentro do Fórum Permanente da Criança e do Adolescente e da Justiça Terapêutica, do qual Ivone Caetano é presidente.

“Você trouxe os professores, psicólogos e pedagogos. Abriu horizontes, principalmente na área da educação e da juventude”, ressaltou a presidente.

Primeira desembargadora negra do TJ-RJ

Ivone Caetano foi  a primeira mulher negra a ocupar o cargo de desembargadora da Justiça estadual.  Depois de 10 anos à frente da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital, ela foi promovida  ao cargo de desembargadora  no dia 26 de maio deste ano. A posse contou com a presença de representantes de todos os poderes da República. 

Casada e mãe de dois filhos, a desembargadora Ivone Caetano ingressou no Judiciário fluminense em 1993, no cargo de  comissária de justiça.  No ano seguinte, passou no concurso para a magistratura, vindo a se destacar como defensora dos direitos das crianças e adolescentes, inicialmente em  Belford Roxo, e depois na Vara da Infância e da Juventude de São João de Meriti, onde desenvolveu o Programa Justiça Terapêutica. Em dezembro de 2004, foi a primeira mulher a ocupar o cargo de titular da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital.

Fonte: Amaerj com informações e foto do TJ-RJ