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Uma em cada seis crianças vive em área de conflito no mundo, diz estudo

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Cerca de 357 milhões de crianças vivem em áreas de conflito ao redor do mundo, o que representa um aumento de mais de 75% em relação ao início da década de 1990. Este é o resultado de um estudo publicado nesta quinta-feira (15) pela organização de direitos da criança Save the Children.

Quase metade dessas crianças afetadas – cerca de 165 milhões – vive em áreas com conflitos considerados graves. Na maioria desses casos, elas não têm acesso a escolas ou a atendimento médico, e estão expostas a enormes riscos de violência. Os dados são do relatório “Guerra contra as crianças”, que a organização publicou um dia antes do início da Conferência de Segurança de Munique.

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O relatório lista dez países que são particularmente perigosos para crianças. A lista é liderada pela Síria, seguida do Afeganistão e da Somália. No total, existem seis países africanos. Além da Somália, Nigéria, Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Sudão e República Centro-Africana. Iêmen e Iraque completam a lista.

O número de crianças mortas e feridas aumentou quase três vezes desde 2010, de acordo com o relatório. As razões para isso incluem o uso de armas explosivas em áreas povoadas e o aumento da duração e da intensidade dos conflitos. Cada vez mais, “as regras gerais de guerra e o direito internacional humanitário são desconsiderados”.

“É chocante que crianças cada vez mais cresçam em áreas de conflito e enfrentem as formas mais severas de violência”, disse Helle Thorning-Schmidt, diretora-gerente da Save the Children International. “As crianças sofrem coisas que nenhuma criança deve experimentar, suas casas, escolas e playgrounds se tornaram campos de batalha”, completa.

A organização também pede mais prevenção de conflitos e manutenção da paz, bem como mais investimentos em reconstrução de áreas de conflito. A Organização dos Direitos da Criança baseia seu relatório em números das Nações Unidas e do Instituto de Pesquisa de Paz de Oslo.

(Com informações do jornal O Globo e agências internacionais)