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Magistrados falam de Direitos Humanos no programa “Conte algo que não sei”

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O presidente da Amaerj, Rossidélio Lopes, e a juíza Denise Appolinária, diretora de Direitos Humanos da Associação, foram os debatedores da edição do projeto ‘Conte Algo que Não Sei’, realizado nesta quinta-feira (1º). O tema foi Direitos humanos: Para quê? Para quem? e a intermediação foi feita pelo desembargador Wagner Cinelli.

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Segundo o juiz Rossidélio Lopes, “quando os direitos humanos caem na questão de ‘polícia ou bandido’, eles fogem do seu caráter principal que é defender as garantias das características individuais de todas as pessoas”.

A juíza Denise Appolinária chamou de “sequestro dos direitos humanos a ideia que boa parte da população tem de que esse benefício só serve para o criminoso”. “Muitas pessoas pensam que direitos humanos são uma esmola para miseráveis. É aí que começa o equívoco. Os direitos servem para toda e qualquer pessoa”, concluiu.

O desembargador Wagner Cinelli levantou o tema da cultura populacional durante o bate-papo. “As questões culturais devem ser pensadas. Você acha legal mutilação genital? Então, faça em você. Mas aí entra a questão do outro”, afirmou. O magistrado ainda questionou: “se você se colocasse no lugar do outro, iria querer? O combate ao preconceito é uma transformação pessoal”, finalizou.

O “Conte Algo que Não Sei” é um programa de entrevistas realizado pelo Tribunal de Justiça através da Diretoria Geral de Comunicação e Difusão do Conhecimento e idealizado pelo professor e historiador Joel Rufino dos Santos, falecido este ano. O objetivo do programa é convidar a sociedade civil a debater  temas importantes.

O debate teve como tema central o Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos, que será realizado no dia 16 de novembro, no Theatro Municipal do Rio. As inscrições estão abertas até 29 de outubro e os prêmios nas categorias Práticas Humanísticas, Trabalhos Acadêmicos e Reportagens Jornalísticas somam 90 mil reais. 

“Esse prêmio foi idealizado para buscar significado para dentro e para fora da tragédia que aconteceu com a juíza. O que nós queríamos era celebrar a vida da magistrada que foi covardemente assassinada e teve seus direitos roubados”, enfatizou Denise Appolinária.

Fonte: Amaerj com informações do TJ-RJ