AMAERJ | 22 de fevereiro de 2018 11:03

Revista FÓRUM: União pelo fortalecimento do Judiciário

Promovido pela AMAERJ, 2º Encontro Estadual de Magistrados reúne 300 juízes, desembargadores e parentes em Mangaratiba

POR DIEGO CARVALHO

Fundamental para um Poder Judiciário ainda mais forte, a união da categoria foi pela segunda vez celebrada pelos magistrados do Rio de Janeiro no fim de 2017. Em um fim de semana de novembro, eles puderam reencontrar os colegas de profissão em um ambiente descontraído, propício à confraternização.

“É um evento social, sem formatação jurídica. Nesses momentos de descontração, surgem novas ideias, projetos, e fortalecemos nossos vínculos de amizade. Na AMAERJ, temos notado a grande união da classe, o nosso maior legado”, disse a presidente Renata Gil.

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O evento repetiu o sucesso do 1º Encontro Estadual de Magistrados. Cerca de 300 juízes, desembargadores e parentes participaram do evento, em Mangaratiba (Costa Verde do Estado do Rio), com palestras do consultor e ex-policial militar Rodrigo Pimentel e do matemático João Candido Portinari, filho do pintor Candido Portinari.

“Foi maravilhoso. Precisamos ter mais encontros deste tipo para reunir os magistrados. Só com a união vamos conseguir alcançar os nossos objetivos, um Poder Judiciário mais fortalecido”, afirmou a juíza Renata Medina.

A palestra de abertura coube ao ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais, da Polícia Militar) Rodrigo Pimentel. Roteirista dos filmes “Tropa de Elite 1 e 2”, ele falou sobre os bastidores das filmagens, do Bope e do atual momento da segurança pública. Pimentel também destacou a Operação Lava-Jato, tema de série que produzirá para a Netflix.

“A Lava-Jato é a nossa revolução silenciosa, sem armas, conduzida hoje pelo Judiciário brasileiro. Vamos resgatar os heróis por trás da Lava-Jato, todos os funcionários públicos concursados – juízes de 1ª instância, procuradores, um promotor e delegados –, em um ambiente totalmente despolitizado.”

A série “O Mecanismo”, que estreará em março de 2018, abordará o começo da operação. “A Lava-Jato é feita por uma equipe de 80 pessoas abnegadas, corajosas e comprometidas com o combate à corrupção. Vamos mostrar a origem da operação.”

Pimentel participou do roteiro de “Tropa de Elite” 1 e 2, assistidos por 15 milhões de pessoas – recorde nos cinemas brasileiros. Ele lamentou a morte de mais de uma centena de policiais (134) em 2017.

“É a cidade em que mais morreram policiais no mundo. Desde 1997, foram 3.500 policiais mortos e 14 mil feridos. É um número muito parecido com o de militares americanos mortos em guerra”, afirmou.

No fim da palestra, Renata Gil destacou o trabalho dos policiais e do Judiciário fluminense contra a criminalidade. “No Rio, existem profissionais sérios – juízes, policiais, promotores – que lutam pela população. Nossos juízes criminais são tão bem preparados que somos os mais ameaçados do País. Sabemos a realidade do crime no Rio de Janeiro e trabalhamos de forma firme contra os criminosos”, disse.

Guerra e Paz

Brasileiro sonhador, apaixonado pela arte e defensor dos direitos humanos, Candido Portinari (1903-1962) pintou quadros que retratam uma realidade atemporal. A vida e a obra do artista plástico, considerado o pintor brasileiro de maior projeção internacional, foi tema da palestra “Candido Portinari: do Cafezal à ONU”.

“A obra de Portinari não nos propõe formas, linhas e cores. É profundamente comprometida com o humano, o social, com valores de justiça, fraternidade, espírito comunitário e respeito à vida, tudo o que precisamos, principalmente neste mundo tão convulsionado que vivemos atualmente. ‘Guerra e Paz’ é uma pintura mais atual do que nunca”, disse João Candido Portinari, único filho do artista, que há 37 anos cataloga obras e documentos do pai.

Filho de imigrantes italianos, Candido Portinari nasceu em Brodowski, interior de São Paulo. Ao longo de 40 anos de atividade, ele produziu quase 5 mil obras – hoje espalhadas pelo mundo –, de pequenos esboços e pinturas de proporções padrão, como “O Lavrador de Café”, a murais de grande porte, como os painéis “Guerra e Paz”, presenteados em 1956 à sede da ONU, em Nova York.

“Ele pintou uma obra a cada três dias, em média, durante 40 anos. Lembro-me de ter perguntado a minha mãe, quando criança, porque ele não trabalhava, já que só pintava… Ele tinha paixão pela arte. Passou quatro anos fazendo os estudos de ‘Guerra e Paz” e, em nove meses, pintou a obra. Ele realmente pariu dois filhos de 14 metros de altura”, contou João Candido.

A apresentação de João Candido Portinari no Encontro da AMAERJ foi uma indicação do desembargador Luís Gustavo Grandinetti. “As obras de Portinari me tocam muito”, disse.

Comemoração

Com direito a bolo e parabéns de familiares e amigos, a 1ª vice-presidente do TJ-RJ, Elisabete Filizzola Assunção, celebrou o aniversário, em 12 de novembro, no Encontro. “Foi maravilhoso comemorar o meu aniversário com a família forense. Fiquei muito feliz, obrigado a todos da AMAERJ por esse ótimo Encontro”, agradeceu.

Elisabete Filizzola, que também participou da primeira edição do evento da AMAERJ, definiu como fundamental a confraternização da classe promovida pela Associação, em Mangaratiba. “Foi um prazer enorme passar este final de semana no Encontro da AMAERJ, com juízes e desembargadores amigos.”

Tennis Open

O 6º AMAERJ Tennis Open reuniu juízes apaixonados por esporte, que jogaram mesmo sob chuva, no sábado, e forte calor, domingo. O desembargador Gilberto Matos se sagrou campeão do torneio pela segunda vez e foi homenageado pela AMAERJ com uma placa pelo exemplo de profissional e esportista.

“Pensamos homenagear um magistrado que tenha participado efetivamente do esporte e que esteja junto de todos. Gilberto abraçou o esporte com unhas e dentes, como um exemplo de inspiração”, afirmou Renata Gil.

Campeão e homenageado, Gilberto Matos disse que sua maior satisfação é poder jogar com os amigos e se divertir. “Essa homenagem me sensibilizou muito porque sou realmente vidrado na atividade esportiva, principalmente no tênis, que abracei e a que me dedico muito.”

Na final, a dupla Gilberto Matos/Bellizário Macedo derrotou Diego Ziemiecki/Sandro Ludgero por 6/2. Vice-campeão, o juiz Ziemiecki destacou o congraçamento da classe. “O mais importante é a confraternização entre os amigos, conhecer outros colegas e praticar esporte. É fundamental sair um pouco da nossa rotina. Renova a mente.”

Além de Gilberto Matos, Renata Gil recebeu uma placa de homenagem de Rodrigo Meano, em nome dos tenistas da Associação. “Ela é uma tenista de primeira linha. Agradeço a presidente por ter abraçado a ideia do AMAERJ Tennis Open, hoje uma realidade. O torneio virou um sucesso absoluto, um momento único de confraternização da magistratura”, ressaltou o juiz Rodrigo Meano, organizador do torneio.

“Fiquei emocionada. Muito obrigado pela homenagem surpresa. Incentivo muito o esporte. Sempre quis que os juízes participassem do esporte porque nele fazemos amigos. Espero que continuemos nessa união fraternal. Já estão convidados para o próximo torneio”, disse Renata.

Final entre casais no Beach Tennis

De um lado, marido e mulher. Do outro, marido e mulher também. Os casais Renata Medina/Fabiano Macedo e Luciana Mocco/Vitor Moreira fizeram a decisão do 1º AMAERJ Beach Tennis. O título ficou com Renata e Fabiano, que venceram por 2 a 0.

Os casais ganharam troféus e medalhas do torneio. Vice-campeão, o juiz Vitor Moreira também ganhou uma homenagem da AMAERJ. “A união desse grupo é motivadora para os problemas que enfrentamos no dia a dia, na prestação da jurisdição. O trabalho da Renata e de toda a direção da AMAERJ é fabuloso por nos unir para enfrentar as dificuldades”, afirmou Vitor Moreira, emocionado.

Confraternização

Os associados ainda tiveram a estrutura do resort à disposição para relaxar e conversar com os colegas, além de curtirem shows com DJ e a banda Daniel Del Sarto Live. Os magistrados parabenizaram a AMAERJ pela organização do evento e afirmaram já estar na expectativa das próximas confraternizações.

“Foi excelente. É muito positivo estar junto dos colegas, podendo confraternizar e conversar em um ambiente mais descontraído”, disse o presidente do Fonamec (Fórum Nacional da Mediação e Conciliação), desembargador Cesar Cury.

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