AMAERJ | 17 de outubro de 2017 11:55

Membro da Ican, vencedora do Nobel da Paz, Cristian Wittmann irá ao Prêmio Patrícia Acioli

Cristian Wittmann é o único brasileiro a ganhar o Nobel da Paz | FOTO: Divulgação

Integrante do comitê gestor da Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares (Ican, sigla em inglês), Cristian Wittmann já confirmou presença na entrega do 6º Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos, em 6 de novembro. A campanha foi anunciada como ganhadora do Prêmio Nobel da Paz 2017. Único brasileiro a participar do comitê gestor da Ican, o professor da Universidade Federal do Pampa (Unipampa/RS) representa a Rede Latinoamericana de Segurança Humana e atua pelo desarmamento desde 2004.

“Fiquei muito feliz com o convite para participar do Prêmio Patrícia Acioli. Será uma chance de compartilhar minha alegria com o trabalho da Ican e fazer uma relação entre o controle de armas convencionais, nucleares, minas terrestres, bombas, entre outras, com os direitos humanos no Brasil e no Rio de Janeiro, onde o tema de armas é sensível. Acho fundamental apoiar o esforço da AMAERJ em relação aos direitos humanos. Não é fácil, mas é muito louvável”, elogiou o professor de 34 anos. 

Wittmann lembrou o papel do Brasil no processo de proibição de armas nucleares, em especial desde que abraçou a combate à proliferação das armas junto à Organização das Nações Unidas (ONU).

“Particularmente ainda custo a acreditar que tudo isso (a conquista do Nobel da Paz) está acontecendo. Para mim é um orgulho que o prêmio tenha extensão no Brasil pois o tema de armas convencionais é muito distante do debate público brasileiro. Acredito que o prêmio facilitou a aderência na opinião pública”, avalia.

O Ican é uma coalizão de grupos não governamentais presente em mais de 100 países. Apesar de ter surgido na Austrália, foi oficialmente fundado em Viena, em 2007. Graças à campanha, pelo menos 122 nações adotaram o Tratado das Nações Unidas para a Proibição das Armas Nucleares. 

O comitê do Nobel concedeu o prêmio ao grupo “por seu trabalho em voltar as atenções para as consequências humanitárias catastróficas de qualquer uso de armas nucleares e por seus esforços pioneiros para alcançar um pacto com base na proibição de tais armamentos”.

Wittmann pretende estar em Oslo, na Noruega, para a entrega do prêmio, em 10 de dezembro.

(Com informações do Estadão, do G1 e da Folha de S. Paulo)