Judiciário na Mídia Hoje | 09 de abril de 2018 12:49

Justiça fará vídeoconferência para evitar deslocamento de 153 milicianos no Rio

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FOTO: Reprodução

Três salas de videoconferência do Complexo Penitenciário do Gericinó, na Zona Oeste do Rio, deverão ser utilizadas nesta segunda-feira (9), para realização de audiências de custódia de 153 presos, de um total de 164, capturados pela Polícia Civil no sábado, durante uma festa realizada pela milícia, em um sítio de Santa Cruz , também na Zona Oeste.

A medida, que ainda não foi confirmada oficialmente pelo Tribunal de Justiça do Rio, substituiria as audiências presenciais para impedir o deslocamento de um grande número de criminosos pelas ruas da cidade.

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Neste domingo, o grupo que estava na inicialmente na Cidade da Polícia, no Jacaré, e que passou por uma triagem na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, foi transferido em caminhões de transporte da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) para a Penitenciária Bandeira Stampa, no Gericinó.

A operação contou com escolta de agentes penitenciários, homens da Coordenadoria de Recursos Especiais, e ainda com o apoio de um helicóptero. Antes da transferência, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Bandeira Stpampa já abrigava 477 detentos oriundos de grupos paramilitares. A unidade, de acordo com o CNJ, tem capacidade de receber um total de 571 presos.

Quatro militares que também foram presos na operação de sábado — um bombeiro, dois soldados do Exército e um da Aeronáutica — foram transferidos para celas dos respectivos quartéis.

Já sete menores também detidos na festa , foram encaminhados para Juizado de Infância e Adolescência.

Um dos quatro mortos na operação, durante um tiroteio que envolveu policiais civis e milicianos, seria um homem conhecido pelo apelido de Cheetos. Ele é suspeito de fazer parte da segurança de um grupo paramilitar que atua no Bairro de Cabuçu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

A mesma quadrilha atua no bairro conhecido como K-32 e é ligado a milícia chefiada por Wellington da Silva Braga, o Ecko. O bandido, que está com a prisão decretada pela Justiça, estava na festa, mas conseguiu fugir durante o tiroteio.

Na operação de sábado, a polícia apreendeu pelo menos 13 fuzis, 15 pistolas, quatro revólveres, carregadores, granadas, coletes à prova de bala, e dez veículos roubados.