Notícias | 09 de dezembro de 2010 01:07

Amaerj abre o Judiciário ao Ensino Fundamental

No último dia 9 de dezembro, no auditório da Amaerj, mais de 200 estudantes de dez escolas da rede municipal de ensino receberam seus certificados por terem participado das atividades do Projeto Conhecendo o Judiciário, também conhecido como Juristur.

Entre os dias 19 de agosto e 18 de novembro, por intermédio do programa da Amaerj (Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro), esses estudantes do ensino fundamental – de turmas de 7º, 8º e 9º anos – conheceram o funcionamento do Judiciário Fluminense e as diversas atividades profissionais desenvolvidas no Fórum.

Até então, em seus mais de 10 anos de existência, o Juristur era aberto apenas a alunos de Direito e à população interessada. Com o acordo firmado no segundo semestre entre a Associação, a Secretaria Municipal de Educação (SME) e a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado (Fetranspor), o projeto ganhou oxigênio novo e, sob a coordenação do desembargador Siro Darlan, tornou possível o acesso de estudantes de bairros mais carentes da cidade ao interior do Tribunal de Justiça do Rio.

O “tur“ inclui a sala do Tribunal de Júri, a Presidência do Tribunal e a biblioteca, e termina com um lanche. Em breve, a experiência vivida pelos estudantes – retratada em fotos –, assim como os textos e desenhos produzidos por eles serão publicados em livro. Será uma forma de multiplicar para outros estudantes da cidade o que viram e aprenderam esses adolescentes que vivem em regiões do município com baixo Índice de Desenvolvimento Humano, como Bonsucesso, Turiaçu, Caju, Andaraí, Méier, Pavuna, Rio das Pedras, Senador Camará, Santíssimo e Santa Cruz.

Em uma das reuniões de elaboração da parceira, a secretária de Educação, Cláudia Costin, revelou que uma das principais causas de repetência escolar no Rio é a falta de esperança no futuro. “Com a vivência proporcionada pelo programa, os alunos verão que a educação pode abrir, sim, várias possibilidades de futuro. A magistratura tem uma responsabilidade social a cumprir”, aposta o presidente da Amaerj, Antonio Cesar Siqueira.