O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, exaltou a magistratura brasileira no discurso de abertura do Ano Judiciário, nesta sexta-feira (1). “Nosso Judiciário é um dos mais produtivos do mundo. São 1.819 processos julgados por ano, sendo 7,2 casos resolvidos por dia útil com a defesa de valores e atuação livre, independente e transparente de magistrados. Agradeço o esforço de cada um dos magistrados pela dedicação, perseverança e pelo comprometimento. A magistratura me orgulha”, afirmou.

Toffoli destacou o papel dos juízes. “Eles fazem parte da vida das pessoas, em momentos de crises. Cabe-lhes a decisão da vida, da honra e aspectos da vida humana. O juiz é vinculado às leis. Trata-se de um sacerdócio, que impõe serenidade e prudência, toques fundamentais para a atividade judicante”, disse.

Leia também: Os novos líderes do Tribunal do Rio
Em cerimônia, 16 juízes do TJ-RJ são removidos e promovidos
AMAERJ homenageia o jurista Paulo Cezar Pinheiro Carneiro

O presidente do Supremo ressaltou que, na democracia, o equilíbrio do Estado de Direito passa pelo Judiciário. “Sem justiça e Poder Judiciário, não há paz social possível. Somos os defensores das garantias fundamentais, das liberdades, dos direitos das minorias e da dignidade da pessoa humana. A Justiça é a base do país. Não há dúvidas de que o STF tem exercido um papel mais essencial na vida do brasileiro: promover o equilíbrio entre os Poderes para fortalecer o Estado.”

Toffoli leu nota de pesar pelas mortes na tragédia de Brumadinho (MG) e lembrou da assinatura do pacto entre o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). “A sociedade brasileira espera que a Justiça seja efetiva e será. Em casos assim, é impossível não sentir essa dor”, afirmou.

Participaram da cerimônia o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão; a procuradora-geral da República, Raquel Dodge; o ministro da Justiça, Sergio Moro; o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio de Noronha; o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Claudio Lamachia; e o presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Jayme de Oliveira.