A Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj) promoveu na noite de ontem (17) um espetáculo de celebração da vida e defesa da dignidade humana. Magistrados, ministros, juristas, parlamentares, empresários, artistas, professores, estudantes e movimentos sociais participaram da cerimônia de encerramento do 3º Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos, no Theatro Municipal, que contou com lotação máxima. Com direção da presidente do Theatro, Carla Camurati, a premiação teve como mestres de cerimônia a bailarina Ana Botafogo e o ator Mateus Solano. A emoção foi a tônica da solenidade, que teve apresentações de Carlinhos de Jesus, Coral de Crianças da Fundação Xuxa Meneghel, Orquestras Sinfônicas de Paquetá e de São Gonçalo, e Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Os filhos da juíza Patrícia Acioli receberam um troféu especial, entregue pela juíza Denise Appolinária, que justificou a homenagem como um símbolo modesto do amor que Patrícia semeou.
Em seu discurso, o presidente da Amaerj, Rossidélio Lopes, afirmou que o intuito da premiação é promover um mergulho no amplo universo da Cidadania, através do diálogo entre o Judiciário e a sociedade. “A Constituição garante a todos o direito à vida, à liberdade, à igualdade e à segurança. O objetivo do Prêmio é justamente defender que esses direitos sejam respeitados, fazendo-se presente na produção acadêmica e na qualidade dos trabalhos e vencedores aqui congratulados. É nesse encontro de celebração da vida, a partir deste gesto de cidadania, que o Prêmio e a memória de nossa nobre colega se inserem”.
A Casa de Acolhida Frei Carmelo Cox, de Vila Isabel, foi a grande vencedora do 3º Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos. Vencedor da Categoria Práticas Humanísticas, o projeto oferece orientação psicológica e pedagógica a 18 crianças e adolescentes. Mantida pela Associação beneficente Amar desde 2010, a Casa cuida de crianças e adolescentes vítimas de violência ou negligência das próprias famílias, reintegrando-os da melhor forma aos responsáveis ou encaminhando-os para adoção.
Estiveram presentes diversos associados, a presidente do TJ-RJ, desembargadora Leila Mariano; o presidente da AMB, João Ricardo Costa; os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e de Direitos Humanos, Ideli Salvatti; a apresentadora Xuxa Meneghel; a autora Glória Perez; entre outros.
Confira abaixo todos os premiados:
• Categoria Práticas Humanísticas
1º Casa de Acolhida Frei Carmelo Cox
2º Associação Casa de Afonso e Maria
3º Projeto Lego – Mudança de Paradigma
• Categoria Trabalhos Acadêmicos
1º Carlos Frederico Gurgel (A arte de ensinar a estudar o direito, mediar, sensibilizar, humanizar)
2º Fabrício Marcelo Vijales (A educação em direitos humanos, reconhecimento do uso do nome social, da retificação do pronome do registro civil para travestis e transexuais e fragilidades)
3º Daniel Rodrigues Thomazelli (A EJA como um instrumento de concretização do direito à educação e do fortalecimento do princípio da dignidade da pessoa humana)
• Categoria Redações dos Alunos do Ensino Fundamental
1º Maria Eduarda Ramos da Silva (Colégio Municipal Amaral Peixoto)
2º Juan Santos Gabriel Boris (Casa de Acolhida Frei Carmelo Cox)
3º Jade Calado Bastos (Escola Municipal Pio X)
– Prêmio Especial São Gonçalo
Raphael Tavares Porto (Colégio Municipal Presidente Castelo Branco)
Os primeiros colocados receberam um troféu estilizado com o rosto da juíza Patrícia Acioli. Nas categorias “Trabalhos Acadêmicos” e “Práticas Humanísticas”, os vencedores também ganharam prêmios em dinheiro, que variam entre 15 e 5 mil reais. Na categoria “Redações dos Alunos do Ensino Fundamental”, os estudantes foram contemplados com tablets, para o aperfeiçoamento educacional.
Neste ano, a premiação alcançou o recorde de trabalhos inscritos. Participantes das cinco regiões do Brasil enviaram trabalhos defendendo a dignidade humana.
O Prêmio tem como patrocinadores Vale, Bradesco, Firjan, Rio Ônibus e Fetranspor, e como parceiros o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, a Fundação Xuxa Meneghel, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro e o Movimento Gabriela Sou da Paz.
Prêmio homenageia juíza assassinada
Criado em 2012, o Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos homenageia a magistrada da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, assassinada em Piratininga, Niterói, em agosto de 2011, por policiais militares. Enfatizando as causas humanistas, o Prêmio teve um caráter plural, aberto à sociedade, estudantes e profissionais de todas as áreas.
| Cerimônia de premiação é destaque na imprensa
Fonte: Assessoria de Imprensa da Amaerj